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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Onde estou?



Estive no meio de uma tempestade, os ventos vinham de todos os lados e ruídos que me assustavam e me faziam tremer. Mas por ironia não tinha percebido o tamanho do estrago que essa tempestade poderia fazer até ela acabar com tudo.
Já é tarde, não dá pra concertar o que acabou, não dá pra reconstruir muros ao chão, não dá pra sorrir onde só existe solidão. Olho para os lados buscando uma solução, mas não consigo enxergar nada além de destroços e ruínas, meu coração se aperta, tento esconder-me dentro de mim, mas quão grande sou para acaber somente aqui, continuo a buscar um escape, fujo para bem longe, mas e agora o que fazer? não sei onde estou. não sei o que fazer aqui. não sei nem a língua que se fala aqui. novamente olho a minha volta, vejo um poste rústico com iluminação fraca. talvez ali haja alguma esperança. Corro para lá e logo aquela enfraquecida iluminação acaba, o medo, a solidão me invadem, o meu grito é preso, e o meu choro calado. acabo de perder tudo e não tenho pra onde ir, será que alguém pode me ouvir? será que alguém pode me ver aqui? será que alguém qualquer alguém pode me socorrer? 
Com certeza não exite ou talvez exista, mas não consigo enchergá-lo e se enchergasse, poderia me fazer algum mal? me fazer perder a única coisa que restou, um pedacinho de mim. Isso iria doer. talvez não suportasse. Então recolho-me na esperança de que o sol volte a brilhar me fazendo enxergar o caminho de algum lugar.

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